quinta-feira, 18 de outubro de 2007

EXERCITANDO VALORES ATRAVÉS DOS CONTOS DE FADAS


Introdução


(...) O homem, cada um dos homens, é um sonho a mais,um sonho fugaz criado pela tenaz e constante vontade de viver,imagem efêmera que o espírito infinito da natureza desenha na página do tempo e do espaço; impressa nela alguns instantes logo se desfaz para dar lugar a muitas outras. (...)

(...) Nossa vida é um episódio que perturba, sem nenhuma utilidade, a serenidade do nada.

(Arthur Schopenhauer)


Para iniciar a discussão a que me proponho neste trabalho, começo com uma metáfora, que é recorrente na história de grupos que fazem educação: a metáfora do jardim. Jardim transmite a impressão de início: nele são semeadas futuras flores e plantas; as crianças começam a sua incursão na educação formal através da Educação Infantil, anteriormente chamada Jardim da Infância. Dali elas extrairiam o olor de seres completos e com personalidade e caráter congruentes, para que, desde aquele momento em diante, passassem a ser, também, pessoas congruentes.


O jardim era também um local na Antigüidade Clássica onde mulheres, crianças, escravos e cidadãos se encontravam para procurar a felicidade. Os professores também procuram a felicidade dos seres. O grande segredo da longevidade da educação tem sido o cuidado que o mestre nutre por sua relação com o aluno, por sua tarefa de educar e por sua proposta de trabalho. Procurar a felicidade corresponde ao fato de prestar uma ajuda ajustada a quem carece dela: a criança sonhadora e seus pais, ou seja, as pessoas reais da sociedade que depositam na instituição escolar inúmeras expectativas e sonhos com relação à educação de sua prole e de si mesmas. Estas pessoas importam-se, e muito, com aquilo que é lido para seus filhos, com o que seus filhos têm aprendido na escola e, principalmente, com qual tem sido o papel desempenhado pelo professor na vida de seus filhos.


Ao pensar no professor e no papel que desempenha penso numa figura análoga a ele: o beija-flor - a ave mais bela que existe em nosso mundo, em sua forma e essência. Porém, ao lembrar do beija-flor, penso em dois outros seres alados que também podem servir de analogia à figura de alguns professores e ao modus operandi diverso de sua atuação: a mosca e a borboleta.


Imaginei seres alados porque confio veementemente que o professor tem a capacidade de provocar uma superação do status quo de seus alunos, uma mudança de comportamento - expressivo, sensitivo, cognitivo, ou de outra ordem - assim como os seres alados, que nos remetem a novos horizontes ou possibilidades de observação de um mesmo horizonte antigo.


Descrevo a seguir o processo educativo sob a ótica do professor que tem a visão da mosca, da borboleta, do beija-flor e, consecutivamente, a maravilhosa atitude de educar, tendo como utensílios os Contos de Fadas: ou seja, a leitura que o professor leva às suas crianças. Quanto às supracitadas "visões", elas podem "acontecer" de formas diversas em termos de tempo, espaço e intensidade.


Três Visões em Educação: a atitude do professor


Visão da Mosca


Estabeleçamos a analogia pictórica de que a sala de aula seja um jardim. Pensemos que neste jardim existem muitas flores como analogia aos alunos da sala de aula, porém, existe também, uma fruta podre. O professor aparece relacionado à figura de uma mosca, despreza as flores e vai direto na fruta podre. Assim, este professor é aquele profissional que capta tudo que é feio, exaltando os defeitos. É o caso do professor que enxerga somente os erros, os defeitos e as derrotas, não só de seus alunos, mas dele próprio, dos colegas, do sistema, da vida, frustrando-se com o volume de erros com que deve lidar cotidianamente.


Para ler mais, acesse http://www.neteducacao.com.br/portal_novo/?pg=artigo&cod=263 e vá ao link EXERCITANDO VALORES ATRAVÉS DOS CONTOS DE FADAS.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Sobre o Curta Metragem "Velha História"


Filme: Velha História
Gênero: Animação
Diretor: Claudia Jouvin
Ano: 2004
Duração: 6 min
Cor: Colorido
Bitola: 35mm
País: Brasil
Disponível no Porta Curtas:
http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=1893
(Sugestão: Assista antes de ler... )

Aplicabilidades em Educação . E por que não
no consultório?
Por: Marilene Lima

Questões Norteadoras:
Como pensar e sentir a temática da amizade: estruturada na narrativa como metáfora para se pensar a atitude do homem para com o meio?
Qual é a história psicológica do personagem humano e como ele se relaciona, através de sua solidão, com os seres que o cercam?
Quais cuidados dispensa ao personagem "peixe" e quais pistas sinaliza como sendo suas necessidades de cuidado? Quais lugares e espaços são preenchidos pela companhia do amigo "peixe"?
O que nos "dizem" as cenas do Vídeo sobre a história psicológica do personagem humano e suas relações inter pessoais?
Onde ele toma café - acompanhado por seu novo amigo?

Como o Vídeo mostra a relação do personagem humano com as pessoas e suas possibilidades de vida social?
Que angústias estão implícitas na busca da relação com seu amigo "peixe" - que parece não ser nominado justamente como reflexo de sua defesa frente a possíveis futuras rupturas e despedidas ?

Como o poema enfoca ludicamente o olhar do personagem humano frente à sobrevivência de seu amigo, suas escolhas, sua convivência familiar, projetando neste, suas necessidades e querenças acerca de suas próprias relaçoões interpessoais?
Como essas preocupações aparecem em seu diálogo final com seu amigo "peixe"?

O que faz o personagem humano com o peixe, a partir de suas escolhas e conclusões "solitárias" que anunciam o final trágico-cômico para essa relação?

O que pode ser depreendido a partir de sua atitude para com seu amigo e sua história de solidão?

Pode-se dizer que ele, no ímpeto de fazer o bem, decide, sozinho e, por esse motivo acaba por fazer o mal?

O que afasta seus intentos proclamados de um final feliz?

Teria sido diferente o final anunciado caso houvesse diálogo antes das atitudes empreendidas?

quinta-feira, 15 de março de 2007

Brincadeira e Conhecimento de Mundo

Brincar, todo professor sabe, é essencial para a meninada. Mas em projetos de conhecimento de mundo o faz- de-conta tem uma função ainda mais importante. É na hora do jogo que a criança organiza internamente as informações transmitidas pela escola - novos conhecimentos que, muitas vezes, só são "processados" de fato quando mescladas ao repertório prévio sobre o assunto. "O conhecimento muda a forma de brincar, qualitativa e quantitativamente", diz a psicóloga Marilene Lima. "Encenações, danças e diálogos ficam mais complexos." Ela ressalta a importância de a professora observar esses momentos e anotar progressos e dificuldades. "Os pequenos não precisam saber que a brincadeira é séria. O professor, sim."











Textos diferentes
Diversificar o repertório de contos ajuda a despertar o interesse por outras culturas. Além dos contos de fadas, há histórias tradicionais brasileiras e de povos distantes. Conheça aqui três delas, que podem dar origem a novas pesquisas em textos e vídeos informativos.




Abdu, o Cego e o Crocodilo (em Contos e Lendas da África, Yves Pinguilly, 256 págs., Cia. das Letras, tel. [11] 3707-3500, 27,50 reais). Original do povo uolofs, do Senegal, o conto traz a história de um menino trapaceiro que leva uma lição de um cego, que o faz ver que a malícia tem conseqüências.





A Preguiçosa (em Contos Chineses, Bárbara Soares e Thereza Stummer, 232 págs., Ed. Paulus, tel. [11] 3789-4000, 56,50 reais). Mostra, com base no cotidiano de uma moça, as relações familiares, os hábitos domésticos e o papel da mulher na tradição chinesa.




A África, Meu Pequeno Chaka (Marie Sellier, 48 págs., Cia. das Letras, 27,50 reais). Vovô Dembo conta a seu neto as belezas de seu continente. Traz também uma leitura do mapa da África e a explicação de uma série de símbolos.


CONTOS E LENDAS AFRO-BRASILEIRAS - A CRIAÇÃO DO MUNDO (Reginaldo Prandi, 224 p., Cia das Letras, R$ 28,00). Adetutu, uma jovem mãe africana, é aprisionada por caçadores de escravos e transportada ao Brasil em um navio negreiro. Durante a viagem, ela sonha com a criação do mundo pelos orixás, deuses de seu povo. Em seu sonho ela torce para Oxalá realizar sua missão com sucesso, ganha a cumplicidade de Exu, vibra com a atuação de Xangô, emociona-se com Iemanjá. Numa sacolinha de segredos que leva pendurada no pescoço, Adetutu guarda pequenas lembranças com que os orixás a presenteiam. Segredos que serão usados trinta anos depois, já no Brasil. Os contos e lendas mostrados em seus sonhos fazem parte do patrimônio mitológico iorubá que o Brasil herdou da África e que aqui se preservou ao longo de mais de um século, contado de boca em boca, transmitido de geração a geração. E que hoje é parte constitutiva da nossa cultura.

Consultoria: Marilene Lima, psicóloga e coordenadora do Programa Edukaleidos, em São Paulo.

Para ver a reportagem completa, acesse:

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

MATEMÁTICA LÚDICA – O USO DO TANGRAM



Desde que o mundo é mundo e mesmo sem saber que calculava, o homem já calculava.Contudo, a matemática passa de geração em geração como uma neurose em algumas famílias e até permeada por uma certa fobia, em outras. Não raras vezes, pacientes com discalculia, problemas de aprendizagem relacionados à matemática, entre outros, chegam aos consultórios pscicológicos e psicopedagógicos ou com queixas claras ou subliminares sobre esse fenômeno: o temor frente à matemática.Um livro envolvendo matemática e que vem sendo consumido com frenética avidez por escolares, há gerações, O HOMEM QUE CALCULAVA, de Malba Tahan, foi reeditado pela Editora Record e a avidez tem se tornado mais tímida, muitas vezes por conta da concorrência com a Internet. Mas, para os aficcionados dos algarismos e jogos matemáticos O HOMEM QUE CALCULAVA – uma pequena obra-prima da literatura infanto-juvenil – é uma oportunidade se deliciarem com os vários capítulos lúdicos da obra. Isso mesmo, lúdicos.Muitos pais e terapeutas me procuram e reclamam a presença constante do computador na vida de seus filhos e pacientes, ao que lhes questiono: “O que o computador tem de encantador?” e, depois de muitas alternativas levantadas, chegamos ao consenso: o computador é um aparato lúdico.A matemática recreativa apresentada pelo computador é, certamente, mais encantadora que a fria e calculista ensinada nos colégios; tem servido, inclusive, como estímulo em salas de aula e consultórios. Alguns conceitos, contudo, são esuqecidos pelos próprios professores e terapeutas, sobre os quais Malba Tahan nos alerta em sua obra. Saão eles:I - As Partes que compõem a Matemática : Em suas aulas à filha do cheique Iezid, Beremiz, o homem que calculava, ensina-lhe sobre as pates que formam a matemática e que todas se auxiliam mutuamente, se apóiam e se confundem (pp. 57-59).1. A Aritmética (1ª a 4ª séries/ Ensino Fundamental I)
estuda os números,
suas propriedades,
suas transformações
2. A Álgebra e as Relações (5ª a 8ª séries/ Ensino Fundamental II)Aplica os números na avaliação das grandezas que variam ou que são desconhecidas,Sua apresentação é expressa por meio de relações e fórmulas (incógnitas)3. A Geometria e as Formas (Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio)Os valores são apresentados por corpos materiais ou símbolosSão dotados de três atributos:
Forma
Tamanho
Posição
4. A Mecânica (Ensino Médio, Ensino Superior) Estuda as leis que regem os movimentos e as forças5. AstronomiaTodos os preciosos recursos da matemática são colocados a serviço da Astronomia, ciência que eleva a alma e engrandece o homem. Partindo desse suposto aprendizado sobre as Partes que compõem a Matemática, podemos nos questionar como algo tão “simples” pode amedrontar alguém, um ser pensante e lógico. É que além de ser lógico, ele é psicológico e, portanto, carrega em si, medos e dilemas, que muitas vezes bloqueia o raciocínio chamado lógico.

Quer saber sobre algumas maneiras para se trabalhar de forma lúdica?

Visite o artigo homônimo a este post no link Matemática Lúdica do Site Psicopedagogia On Line!