sexta-feira, 26 de setembro de 2008

TDHA-TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: DIAGNOSTICANDO E INTERVINDO



Entrevista concedida ao portal PsicoPedagogia On Line pela Profª. Ms. Marilene Lima


POL: O que vem a ser TDA/H?
ML: É o nome dado, segundo a última classificação, ao que se popularizou por Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA). Na verdade é uma maneira de ser que acaba trazendo transtornos para a vida do indivíduo que tem esse tipo de funcionamento.

POL: Quem apresenta esse transtorno?
ML: Apresentam esse transtorno pessoas cuja bioquímica cerebral está comprometida e, portanto, absorve menos glicose em seu Lobo Frontal, o que compromete, inclusive, a liberação de dopamina (substância do prazer) e da endorfina. A pessoa passa a filtrar menos ou inadequadamente a quantidade e a velocidade de seus pensamentos e/ou ações.

POL: Quando ele se manifesta?
ML: A pessoa nasce ou não com o transtorno. Quem nasce com o TDA/H pode manifestá-lo durante toda sua vida. Ocorre, porém que algumas pessoas podem começar a ter os sintomas do transtorno em episódios estressores de sua vida e julgar que “ficou” com TDA. Essas pessoas passam a ter um “funcionamento” cerebral parecido com o portador do TDA mas na verdade a bioquímica de seu cérebro sempre foi correta, o que mudou foi o ritmo de sua vida e, assim, sua bioquímica sofreu alterações.

POL: Quais são as causas do TDHA?
ML: O TDA/H tem uma marcação genética, mas não necessariamente, é passado de pais para filhos, pois toda questão genética leva em si a questão da probabilidade. Existem fatores ambientais, neonatais, entre outros. O que ocorre é que o portador nasce com uma bioquímica cerebral que faz com o que o Lobo Frontal absorva menos glicose; assim, o Lobo Frontal (principalmente do lado direito) que funciona como um freio do funcionamento cerebral (resumidamente quantidade e velocidade de pensamentos) tem sua ação (de filtrar e frear) reduzida e a pessoa pensa mais e em maior velocidade.

POL: Quais são os sintomas mais comuns em quem sofre de TDHA?
ML: A condição básica para se dizer que uma pessoa tem o TDA/H é a hiperatividade mental. Os sintomas daqueles que sofrem com o TDA/H vão variar de acordo com o perfil de TDA existente no indivíduo. No quesito atenção, são basicamente dois parâmetros: atenção multifocada ou atenção rebaixada, que dão oportunidade para que o indivíduo com esse transtorno se enquadre em um dos três perfis: o tipo predominantemente hiperativo/impulsivo, o tipo predominantemente desatentivo e o tipo misto ou combinado.
POL: Existe um tratamento? Psicológico ou medicamentoso?
ML: Sim. Existem ambos os tratamentos. O Tratamento Psicológico agrupa estratégias cognitivas e de autocontrole com sessões que enfoquem o treino do autocontrole ou a psicoterapia de grupo, na qual as pessoas têm a oportunidade de saber que não estão sós. Há, ainda, a perspectiva da psicoterapia familiar sistêmica, na qual se busca restaurar a autoridade e as normas e chamar atenção às características de congruência e consistência dessas últimas. O Tratamento Medicamentoso trabalha com medicamentos psicoestimulantes (do lobo frontal) como: metilfenidato, anfetamina, pemolina; contudo, cada caso é um caso e somente o médico poderá, a partir de um exame criterioso e, preferencialmente, pautado em um diagnóstico multidisciplinar, orientar a medicação adequada para cada caso. Se em determinado caso a pessoa demonstra ser muito mais compulsiva para a comida ou para os gastos do que desatenta ou hiperativa, de nada adianta o médico erroneamente administrar um psicofármaco que atenda melhor esse perfil do transtorno.

POL: Quais são os cuidados que a escola e o docente pode ter?
ML: O Manejo do TDA/H na escola deve ser pautado num modelo que trabalhe as habilidades e competências dos alunos; com programas e ambientes de trabalho estruturados e sistematizados, que envolvam programas de modificação comportamental, em que os alunos sejam envolvidos em modelos ecológico-sistêmicos, passem por um treinamento sistematizado para seus hábitos de estudo e que a aprendizagem seja baseada na indagação e pautada no uso da tecnologia.

POL: E a família?
ML: O Manejo do TDA/H por parte da família deve garantir o afeto e cuidar da auto-estima da criança, adolescente ou adulto; o diálogo deve ser constante e deve-se trabalhar habilmente as situações de conflitos entre os pais e entre os irmãos. Minimizando momentos estressores que possam fazer com que os episódios que desencadeiam compulsões e ansiedade sejam menos freqüentes no ambiente doméstico. Para tanto, via de regra, a família necessita, igualmente ao paciente, de apoio psicoterápico e carecem da participação em grupos de apoio (com outros familiares), ações salutares que possibilitam relativizar as situações e bem administrá-las.
Alguns estudos dizem que o TDHA é um dos transtornos menos conhecidos por profissionais da área da educação e até mesmo entre os profissionais de saúde. Como você vê essa questão?Os profissionais da área da saúde e da educação necessitam adquirir maiores conhecimentos sobre o transtorno, pois a cada dia a sociedade em que vivemos, chamada Sociedade da Informação está mais atualizada e com maior volume de dados e informações; muitos são os pais que, erroneamente, buscam se informar sobre o transtorno, contudo, sem orientação adequada sobre quais serão a base para formar seu conhecimento sobre o mesmo. Cabe aos profissionais da saúde e da educação acessar meios eficientes e eficazes para sua formação e se possível, transformar seu conhecimento em fonte correta de orientação e divulgação para os pais dos portadores do transtorno.
POL: Fale-nos sobre o curso a distância “TDHA – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade: diagnosticando e intervindo”, a quem é dirigido e qual a importância deste conhecimento nos dias atuais?
ML: Sabe-se que a cada seis meses nosso conhecimento está defasado em relação às descobertas atuais sobre o cérebro e suas vertentes. O curso em tela traz ao clínico e ao educador uma poderosa ferramenta de formação, com fontes atuais e fidedignas, pois foi pautado nos estudos de Condemarín, Milicic e, é claro, aquele que tem sido considerado o mais notável pesquisador do transtorno, Russel A. Barkley. Trabalha-se, ainda, com a premissa da formação pragmática, assim, o material disponível no curso auxiliará, através de protocolos e guias, a avaliação, o diagnóstico do portador do transtorno e intervenção junto ao mesmo.

Para maiores informações sobre o curso do EducEAD a distância: Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade: diagnosticando e intervindo clique aqui
Publicado em 19/09/2008 16:34:00
Marilene Lima - Mestre em Educação: História, Política, Sociedade; pela PUC-SP;
Psicóloga pela UMESP;
Professora na Pós Graduação em Psicopedagogia e Arte-Terapia da UNISA;
Coordenadora do Programa Edukaleidos: Educação e Psicologia para o bem-estar
http://www.edukaleidos.pro.br/

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

EXERCITANDO VALORES ATRAVÉS DOS CONTOS DE FADAS


Introdução


(...) O homem, cada um dos homens, é um sonho a mais,um sonho fugaz criado pela tenaz e constante vontade de viver,imagem efêmera que o espírito infinito da natureza desenha na página do tempo e do espaço; impressa nela alguns instantes logo se desfaz para dar lugar a muitas outras. (...)

(...) Nossa vida é um episódio que perturba, sem nenhuma utilidade, a serenidade do nada.

(Arthur Schopenhauer)


Para iniciar a discussão a que me proponho neste trabalho, começo com uma metáfora, que é recorrente na história de grupos que fazem educação: a metáfora do jardim. Jardim transmite a impressão de início: nele são semeadas futuras flores e plantas; as crianças começam a sua incursão na educação formal através da Educação Infantil, anteriormente chamada Jardim da Infância. Dali elas extrairiam o olor de seres completos e com personalidade e caráter congruentes, para que, desde aquele momento em diante, passassem a ser, também, pessoas congruentes.


O jardim era também um local na Antigüidade Clássica onde mulheres, crianças, escravos e cidadãos se encontravam para procurar a felicidade. Os professores também procuram a felicidade dos seres. O grande segredo da longevidade da educação tem sido o cuidado que o mestre nutre por sua relação com o aluno, por sua tarefa de educar e por sua proposta de trabalho. Procurar a felicidade corresponde ao fato de prestar uma ajuda ajustada a quem carece dela: a criança sonhadora e seus pais, ou seja, as pessoas reais da sociedade que depositam na instituição escolar inúmeras expectativas e sonhos com relação à educação de sua prole e de si mesmas. Estas pessoas importam-se, e muito, com aquilo que é lido para seus filhos, com o que seus filhos têm aprendido na escola e, principalmente, com qual tem sido o papel desempenhado pelo professor na vida de seus filhos.


Ao pensar no professor e no papel que desempenha penso numa figura análoga a ele: o beija-flor - a ave mais bela que existe em nosso mundo, em sua forma e essência. Porém, ao lembrar do beija-flor, penso em dois outros seres alados que também podem servir de analogia à figura de alguns professores e ao modus operandi diverso de sua atuação: a mosca e a borboleta.


Imaginei seres alados porque confio veementemente que o professor tem a capacidade de provocar uma superação do status quo de seus alunos, uma mudança de comportamento - expressivo, sensitivo, cognitivo, ou de outra ordem - assim como os seres alados, que nos remetem a novos horizontes ou possibilidades de observação de um mesmo horizonte antigo.


Descrevo a seguir o processo educativo sob a ótica do professor que tem a visão da mosca, da borboleta, do beija-flor e, consecutivamente, a maravilhosa atitude de educar, tendo como utensílios os Contos de Fadas: ou seja, a leitura que o professor leva às suas crianças. Quanto às supracitadas "visões", elas podem "acontecer" de formas diversas em termos de tempo, espaço e intensidade.


Três Visões em Educação: a atitude do professor


Visão da Mosca


Estabeleçamos a analogia pictórica de que a sala de aula seja um jardim. Pensemos que neste jardim existem muitas flores como analogia aos alunos da sala de aula, porém, existe também, uma fruta podre. O professor aparece relacionado à figura de uma mosca, despreza as flores e vai direto na fruta podre. Assim, este professor é aquele profissional que capta tudo que é feio, exaltando os defeitos. É o caso do professor que enxerga somente os erros, os defeitos e as derrotas, não só de seus alunos, mas dele próprio, dos colegas, do sistema, da vida, frustrando-se com o volume de erros com que deve lidar cotidianamente.


Para ler mais, acesse http://www.neteducacao.com.br/portal_novo/?pg=artigo&cod=263 e vá ao link EXERCITANDO VALORES ATRAVÉS DOS CONTOS DE FADAS.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Sobre o Curta Metragem "Velha História"


Filme: Velha História
Gênero: Animação
Diretor: Claudia Jouvin
Ano: 2004
Duração: 6 min
Cor: Colorido
Bitola: 35mm
País: Brasil
Disponível no Porta Curtas:
http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=1893
(Sugestão: Assista antes de ler... )

Aplicabilidades em Educação . E por que não
no consultório?
Por: Marilene Lima

Questões Norteadoras:
Como pensar e sentir a temática da amizade: estruturada na narrativa como metáfora para se pensar a atitude do homem para com o meio?
Qual é a história psicológica do personagem humano e como ele se relaciona, através de sua solidão, com os seres que o cercam?
Quais cuidados dispensa ao personagem "peixe" e quais pistas sinaliza como sendo suas necessidades de cuidado? Quais lugares e espaços são preenchidos pela companhia do amigo "peixe"?
O que nos "dizem" as cenas do Vídeo sobre a história psicológica do personagem humano e suas relações inter pessoais?
Onde ele toma café - acompanhado por seu novo amigo?

Como o Vídeo mostra a relação do personagem humano com as pessoas e suas possibilidades de vida social?
Que angústias estão implícitas na busca da relação com seu amigo "peixe" - que parece não ser nominado justamente como reflexo de sua defesa frente a possíveis futuras rupturas e despedidas ?

Como o poema enfoca ludicamente o olhar do personagem humano frente à sobrevivência de seu amigo, suas escolhas, sua convivência familiar, projetando neste, suas necessidades e querenças acerca de suas próprias relaçoões interpessoais?
Como essas preocupações aparecem em seu diálogo final com seu amigo "peixe"?

O que faz o personagem humano com o peixe, a partir de suas escolhas e conclusões "solitárias" que anunciam o final trágico-cômico para essa relação?

O que pode ser depreendido a partir de sua atitude para com seu amigo e sua história de solidão?

Pode-se dizer que ele, no ímpeto de fazer o bem, decide, sozinho e, por esse motivo acaba por fazer o mal?

O que afasta seus intentos proclamados de um final feliz?

Teria sido diferente o final anunciado caso houvesse diálogo antes das atitudes empreendidas?

quinta-feira, 15 de março de 2007

Brincadeira e Conhecimento de Mundo

Brincar, todo professor sabe, é essencial para a meninada. Mas em projetos de conhecimento de mundo o faz- de-conta tem uma função ainda mais importante. É na hora do jogo que a criança organiza internamente as informações transmitidas pela escola - novos conhecimentos que, muitas vezes, só são "processados" de fato quando mescladas ao repertório prévio sobre o assunto. "O conhecimento muda a forma de brincar, qualitativa e quantitativamente", diz a psicóloga Marilene Lima. "Encenações, danças e diálogos ficam mais complexos." Ela ressalta a importância de a professora observar esses momentos e anotar progressos e dificuldades. "Os pequenos não precisam saber que a brincadeira é séria. O professor, sim."











Textos diferentes
Diversificar o repertório de contos ajuda a despertar o interesse por outras culturas. Além dos contos de fadas, há histórias tradicionais brasileiras e de povos distantes. Conheça aqui três delas, que podem dar origem a novas pesquisas em textos e vídeos informativos.




Abdu, o Cego e o Crocodilo (em Contos e Lendas da África, Yves Pinguilly, 256 págs., Cia. das Letras, tel. [11] 3707-3500, 27,50 reais). Original do povo uolofs, do Senegal, o conto traz a história de um menino trapaceiro que leva uma lição de um cego, que o faz ver que a malícia tem conseqüências.





A Preguiçosa (em Contos Chineses, Bárbara Soares e Thereza Stummer, 232 págs., Ed. Paulus, tel. [11] 3789-4000, 56,50 reais). Mostra, com base no cotidiano de uma moça, as relações familiares, os hábitos domésticos e o papel da mulher na tradição chinesa.




A África, Meu Pequeno Chaka (Marie Sellier, 48 págs., Cia. das Letras, 27,50 reais). Vovô Dembo conta a seu neto as belezas de seu continente. Traz também uma leitura do mapa da África e a explicação de uma série de símbolos.


CONTOS E LENDAS AFRO-BRASILEIRAS - A CRIAÇÃO DO MUNDO (Reginaldo Prandi, 224 p., Cia das Letras, R$ 28,00). Adetutu, uma jovem mãe africana, é aprisionada por caçadores de escravos e transportada ao Brasil em um navio negreiro. Durante a viagem, ela sonha com a criação do mundo pelos orixás, deuses de seu povo. Em seu sonho ela torce para Oxalá realizar sua missão com sucesso, ganha a cumplicidade de Exu, vibra com a atuação de Xangô, emociona-se com Iemanjá. Numa sacolinha de segredos que leva pendurada no pescoço, Adetutu guarda pequenas lembranças com que os orixás a presenteiam. Segredos que serão usados trinta anos depois, já no Brasil. Os contos e lendas mostrados em seus sonhos fazem parte do patrimônio mitológico iorubá que o Brasil herdou da África e que aqui se preservou ao longo de mais de um século, contado de boca em boca, transmitido de geração a geração. E que hoje é parte constitutiva da nossa cultura.

Consultoria: Marilene Lima, psicóloga e coordenadora do Programa Edukaleidos, em São Paulo.

Para ver a reportagem completa, acesse:

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

MATEMÁTICA LÚDICA – O USO DO TANGRAM



Desde que o mundo é mundo e mesmo sem saber que calculava, o homem já calculava.Contudo, a matemática passa de geração em geração como uma neurose em algumas famílias e até permeada por uma certa fobia, em outras. Não raras vezes, pacientes com discalculia, problemas de aprendizagem relacionados à matemática, entre outros, chegam aos consultórios pscicológicos e psicopedagógicos ou com queixas claras ou subliminares sobre esse fenômeno: o temor frente à matemática.Um livro envolvendo matemática e que vem sendo consumido com frenética avidez por escolares, há gerações, O HOMEM QUE CALCULAVA, de Malba Tahan, foi reeditado pela Editora Record e a avidez tem se tornado mais tímida, muitas vezes por conta da concorrência com a Internet. Mas, para os aficcionados dos algarismos e jogos matemáticos O HOMEM QUE CALCULAVA – uma pequena obra-prima da literatura infanto-juvenil – é uma oportunidade se deliciarem com os vários capítulos lúdicos da obra. Isso mesmo, lúdicos.Muitos pais e terapeutas me procuram e reclamam a presença constante do computador na vida de seus filhos e pacientes, ao que lhes questiono: “O que o computador tem de encantador?” e, depois de muitas alternativas levantadas, chegamos ao consenso: o computador é um aparato lúdico.A matemática recreativa apresentada pelo computador é, certamente, mais encantadora que a fria e calculista ensinada nos colégios; tem servido, inclusive, como estímulo em salas de aula e consultórios. Alguns conceitos, contudo, são esuqecidos pelos próprios professores e terapeutas, sobre os quais Malba Tahan nos alerta em sua obra. Saão eles:I - As Partes que compõem a Matemática : Em suas aulas à filha do cheique Iezid, Beremiz, o homem que calculava, ensina-lhe sobre as pates que formam a matemática e que todas se auxiliam mutuamente, se apóiam e se confundem (pp. 57-59).1. A Aritmética (1ª a 4ª séries/ Ensino Fundamental I)
estuda os números,
suas propriedades,
suas transformações
2. A Álgebra e as Relações (5ª a 8ª séries/ Ensino Fundamental II)Aplica os números na avaliação das grandezas que variam ou que são desconhecidas,Sua apresentação é expressa por meio de relações e fórmulas (incógnitas)3. A Geometria e as Formas (Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio)Os valores são apresentados por corpos materiais ou símbolosSão dotados de três atributos:
Forma
Tamanho
Posição
4. A Mecânica (Ensino Médio, Ensino Superior) Estuda as leis que regem os movimentos e as forças5. AstronomiaTodos os preciosos recursos da matemática são colocados a serviço da Astronomia, ciência que eleva a alma e engrandece o homem. Partindo desse suposto aprendizado sobre as Partes que compõem a Matemática, podemos nos questionar como algo tão “simples” pode amedrontar alguém, um ser pensante e lógico. É que além de ser lógico, ele é psicológico e, portanto, carrega em si, medos e dilemas, que muitas vezes bloqueia o raciocínio chamado lógico.

Quer saber sobre algumas maneiras para se trabalhar de forma lúdica?

Visite o artigo homônimo a este post no link Matemática Lúdica do Site Psicopedagogia On Line!


quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Exercitando valores através do conto de fadas “O Flautista de Hamelin”


O Flautista de Hamelin é uma história leve que, sem grandes emoções, educa e transmite lições sem apelos psicológicos negativos.


A fim de resolver o problema de uma pequena cidade, Hamelin oferece ao rei os seus préstimos no sentido de libertá-la da invasão de ratos que estavam por toda parte. Sendo um exímio flautista, com a sua música ele consegue atrair todos os ratos que o seguem atraídos pela sua música. O caminho é longo e nosso herói vive dissabores antes não imaginados. Compartilho abaixo, um projeto didático desenvolvido a partir desse belíssimo conto dos Irmãos Grimm, veiculando a necessidade/possibilidade do trabalho com valores através do universo fantástico e lúdico dos Contos de Fadas.


I - Tema do projeto: A flauta mágica e o encantamento através de valores sociais

II - Abrangência:

•Conhecimento de mundo,

•Natureza e Sociedade,

•Linguagem Oral e Escrita,

•Artes Visuais,

•Movimento e Música.


III - Produtores: Professora e alunos de 6 anos


IV - Destinatário: Comunidade Escolar


V - Como começar: Roda da leitura com o Conto: O Flautista de Hamelin (Irmãos Grimm) – ANEXO 1 (leia-o agora clicando aqui).


VI - Duração: 3 meses a 1 semestre


VII - Justificativa: a escolha deste tema se deu ao grande interesse demonstrado pela turma em lidar com o instrumento musical “flauta doce” e da professora em investigar e transmitir à comunidade tal encantamento. Foi necessário, portanto, nutrir esse interesse pela música iniciando um projeto didático formativo e investigativo-informativo a fim de ampliar seu encantamento pelo instrumento flauta doce e, ao mesmo tempo, contribuir para a construção de conhecimento pautado em conteúdos significativos, edificantes e necessários dentro do currículo proposto para essa faixa etária (seis anos).


VIII - O que os alunos vão aprender:


1- Fatos, conceitos e princípios:


1.1 – em Linguagem Musical: o que são instrumentos musicais de sopro; o que é ritmo, o que é melodia, o que é orquestra, qual a diferença entre orquestra sinfônica e filarmônica, entre orquestra, banda, coreto e fanfarra.


1.2 – em Sociedade: o que é um combinado (contrato verbal), o que é parceira, o que é cidade, o que é mapa, o que é planta, o que é maquete.


1.3 – em Natureza: e o que é saneamento básico, o que é coleta de lixo, o que são doenças transmitidas pelo meio ambiente.


1.4 – em Matemática: o que é número, contagem 1 a 1, agrupamento, o que é escala, o que é gráfico, o que é legenda, construção de uma história virtual.


1.5 – em linguagem Oral e Escrita: diferença entre conto de fadas e história virtual, o que é jornal-mural, o que é o “boneco” de um projeto gráfico, o que é rascunho, o que é registro escrito.

2- Atitudes, Normas e Valores:


2.1 – Em Música: contato com o belo artístico de diversas produções musicais como: Pedro e o Lobo, O rato e a lua (Edith Derdyk), A barata diz que tem (domínio público), Palavra Cantada (Sandra Perez e Paulo Tatit)


2.2 – Em Natureza e Sociedade: respeito aos outros e às promessas feitas, cuidados com sobras de alimento, higiene da casa, cooperação com saneamento sanitário público, etiqueta, importância da coleta adequada de lixo, combinados/regras para bom convívio em sala.


2.3 – Em Linguagem Oral e Escrita: apreciação e leitura de várias obras literárias, re-escrita de palavras-chave e frases selecionadas, memorização de textos selecionados, re-escrita através de preenchimento de sentenças.


2.4 – Em Matemática: manter atitude investigativa e lúdica frente ao saber matemático.

3- Procedimentos:


3.1 – Em Linguagem musical: como anotar música (noções da partitura), como tocar flauta doce, como respirar quando se toca um instrumento de sopro.


3.2 – Em Natureza e Sociedade: etapas e objetos para a coleta de lixo, diferença da coleta seletiva de lixo e da coleta comum, vantagens e conseqüências de uma e de outra.


3.3 – Em Linguagem Oral e Escrita: Como escrever um jornal mural, passos para comunicar o que conhecemos com o projeto, como fazer um rascunho, como fazer uma entrevista.


3.4 – Em Matemática: como montar um gráfico, como controlar quantidades, como agrupar para contar grandes quantidades, como marcar quantidades, como montar uma maquete.

IX – Recursos: Jornais, revistas, livros, slides, maquete, utensílios para confecção plástica de elementos a serem utilizados no controle de quantidade (ratos, baratas etc.), fitas cassete e CD’s, flauta doce, réplicas e detalhes de obras de arte.

X – Desenvolvimento do Projeto: Para ver os detalhes do projeto e o conto na íntegra, acesse o link http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=553